terça-feira, 31 de maio de 2011

Ascensão do Senhor - Sl 47; At 1.1-11; Ef 1.15-23; Lc 24.44-53

Esperar em Cristo
Esperar é algo que não nos deixa muito felizes. A espera pode ser angustiosa, solitária, pacienciosa ou não. Imagine um pai que espera no hospital pelo nascimento do seu primeiro filho; ou aquela mãe que aguarda sua filha chegar em casa de madrugada; ou mesmo aquela espera em pé, na fila do banco ou do mercado... Não gostamos de nenhuma delas, no entanto ficamos muito felizes quando a espera chega ao fim.

Nenhuma destas esperas que citei como exemplo podem ser comparadas com a maior espera de todas, a espera pela qual todos nós aguardamos, a espera pela qual aguardaram todos os profetas e apóstolos do senhor Jesus, a espera pela vinda do seu Reino.
Quando Adão e Eva se afastaram do Senhor Deus, no jardim do Éden, Deus prometeu um salvador, alguém que seria maior do que o pecado que eles cometeram, e que, apesar das dores e sofrimentos que nasceram do pecado, eles deveriam confiar e crer nesta promessa, aguardando o dia da sua realização. Foram longos anos de espera! Longos anos de oração, de pedido, de batalhas, de testemunho e também de desconfiança e desespero (de não mais esperar). Entre o anúncio e a realização desta promessa, Abrão esperou cem anos para ter seu primeiro filho, Esaú esperou o seu prato de lentinha, Rute e Ester esperaram confiando no Senhor, Jó chorou e sofreu com toda a desgraça que lhe atingiu, os profetas esperaram que Deus cumprisse as palavras que os havia mandado anunciar, até que chegou o período chamado de “intertestamentário”. Neste período, que vai desde as palavras do profeta Malaquias até a chegada de João Batista, nenhum outro grande profeta falou em Israel. Mais ou menos trezentos anos de espera, sem que Deus pronunciasse a sua vontade por meio dos seus profetas, trezentos anos em que Ele falou somente por meio das Escrituras.
No final deste período, o povo estava ansioso, sabia que algo estava para acontecer, sentiam que estava próxima a realização das palavras de Deus ditas em Genesis, sabiam que o salvador estava para chegar. Por isso perguntam a João Batista se era ele aquele que haveria de vir, ao que ele João responde: “Eu não sou digno de tirar as sandálias daquele que vem após mim.” Ele também esperava a realização da promessa de Deus.
Quando Jesus realiza a sua obra, ele também passa pela aflição da espera, no jardim do Getsêmani, onde ele pede para Deus livrá-lo do sofrimento que viria, mas sabe que o plano da salvação incluía aquele cálice. E os apóstolos, vendo o poder e as maravilhas feitas por seu mestre, acreditam fielmente que a realização da promessa divina se cumpria em Jesus: eles teriam o seu rei, o seu libertador.
Como pôde acontecer deles esperarem dois milênios e não entenderem as palavras profetizadas? Esperaram tanto pelo que Deus tinha anunciado que quando aconteceu eles não reconheceram que diante deles estava o próprio Deus. E como nós podemos acusá-los se somos culpados pelo mesmo motivo? Estamos perdidos em meio a tantas pregações e anúncios de destruição do mundo, de salvação por tantos caminhos, e até acreditamos que algumas superstições, encarnações, visões e tantos “ões” a mais que esquecemos de esperar com confiança na palavra do Senhor.
As nossas ações não tem refletido a nossa espera, pois se confiamos e cremos que Deus virá para nos salvar, para levar-nos para o céu, deveríamos viver como seres da luz divina, e não das trevas, que é o que nos envolve quando roubamos, quando agimos por desespero, esquecendo que a promessa divina ainda não se completou.
Enquanto esperamos, precisamos lembrar do que Deus nos ensina pro meio da sua Palavra e do seu Espírito. Porque quando ela terminar, seremos julgados pela fé nestas palavras, pela fé na obra do Senhor Jesus, fé esta que se mostra em nossa vida e nossa espera: Confiamos? Cremos? Agimos? Falamos como quem espera no Senhor?
A poucos dias, um suposto profeta havia anunciado o fim do mundo. E muitas pessoas ao redor do mundo acreditaram nele. Mas ele não foi o primeiro nem será o último. Vivemos em um período parecido com o “intertestamentário”, sabemos que algo está para acontecer, sentimos que algo muito grande se aproxima, mas não podemos dizer quem, quando, ou onde.  “Não cabe a vocês saber a ocasião ou o dia que o Pai marcou com a sua própria autoridade.” (At 1.7) No entanto não precisamos temer pois a nossa espera está firmada nas palavras do Senhor Jesus, ele confirma o nosso coração, ele dá a certeza para a nossa fé, ele abre a nossa mente para entender suas promessas, assim como abriu a dos seus discípulos: “Enquanto ainda estava com vocês, eu disse que tinha de acontecer tudo o que estava escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos livros dos Profetas e nos Salmos. Então Jesus abriu a mente deles para que eles entendessem as Escrituras Sagradas” (Lc 24.45).
Os discípulos acreditavam que a espera havia chegado ao fim, mas Jesus lhes mostrou que o seu Reino não era como os reinos deste mundo. E depois esperavam que Jesus voltaria em alguns anos, talvez décadas. Viviam nesta iminência da volta de Jesus, mas nunca profetizaram quando seria o dia. Apenas viviam, guiados pelo Espírito Santo, com seus erros e acertos, com seus pecados e sua fé, crendo que espera ainda não tinha chegado ao fim. Eles sabiam que, em Jesus, tinham visto um pouco da glória do Pai, e que quando a espera finalmente terminasse, eles também teriam aquela glória.
Apesar da profecia do suposto profeta, o mundo não acabou. Como deve ser ruim esperar por algo que está errado! Como deve ser ruim esperar por algo que não temos certeza de que vai acontecer!
Como estamos esperando? Olhando para nossa vida como se tudo se acabasse aqui? Ainda olhando pra cima, como os discípulos, no dia da ascensão? Ou esperando como os cristãos de Éfeso: “...desde que ouvi falar da fé que vocês tem no Senhor Jesus e do amor que vocês têm por todos os irmãos na fé não paro de agradecer a Deus. E peço ao... Pai glorioso, que dê a vocês o seu Espírito,... que os tornará sábios e revelará Deus a vocês... Peço que Deus abra a mente de vocês para que vejam a luz dele e conheçam a esperança para a qual ele os chamou. E para que saibam como são maravilhosas as bênçãos que ele prometeu... e como é grande o seu poder que age em nós, os que cremos nele... Cristo reina sobre todos os governos celestiais, autoridades, forças e poderes... Deus colocou todas as coisas debaixo da sua autoridade...”


Nestas palavras, com esta mesma fé, pelo poder do Espírito Santo, esperemos.

                                                                                                                                  EG.

sábado, 21 de maio de 2011

Video - Me refez

 
Esta é uma das musicas mais belas da IELB, cantada aqui pelo grupo Son's e pelo pastor Paulo Brum, no Planeta Gospel. Que a mensagem dela toque o seu coraçao.
                                                                                                                                                        EG

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Senhor, ensina-nos a orar!

              Com estas palavras, registradas no Evangelho de Lucas 11.1 os discípulos expressaram o seu desejo em serem mais fluentes nas conversas com Deus. Fico pensando se nós estivéssemos cara a  cara com Jesus, o que diríamos? Como nos comportaríamos? Afinal ele é o Rei do Reis, Senhor dos Senhores, que assentou os pilares do universo e conduz o mundo de acordo com sua vontade!

            Para a maioria dos cristãos esta é postura que conduz o seu relacionamento com o Pai, medo. Mas não o medo “respeito”, medo por medo mesmo, do tipo que nos faz pensar que é melhor nem chegar perto de Deus, que é melhor pedir para que pessoas mais preparadas falem com Ele. Talvez uma imagem mal compreendida do Deus do Antigo Testamento seja o que guia estas pessoas.

            Puxa, escrevendo isso agora, atento para a forma com que eu mesmo me dirijo ao Senhor, escolhendo todas as palavras com cuidado, como se Ele não soubesse o que se passa na minha mente e no meu coração. Será que este temor é justo? Será que é este o relacionamento que Deus quer estabelecer com os seus filhos?

            Quando Deus entrega a sua vida, quando faz promessas sem ter que fazê-las, quando escolhe um povo para ser seu mensageiro, quando escolhe salvar ao invés de destruir a humanidade, quando escolhe andar, comer, chorar, sofrer, sorrir, se alegrar, sangrar, morrer... será que esta pergunta “que tipo de relacionamento Deus quer ter com seus filhos?” nao perde sua razao? E como não pudemos perceber isto antes! Deus nos criou para sua glória e nos comprou a preço de sangue de volta quando fomos roubados dele. Lutero escreve na explicação do 2 artigo do credo apostólico dizendo que “Ele me comprou com o seu sangue e sua morte... para que eu lhe pertença e viva submisso a Ele em eterna justiça e bem aventurança...”

            Quando os discípulos pedem para Jesus ensiná-los a orar, eles estão sendo sinceros, querem ajuda. Querem fazer a “coisa” da forma certa, da forma que o Deus deseja. Talvez eles tivessem o mesmo medo e temor que nós expressamos hoje.

            Jesus não os ensina a orar, mas ensina uma oração. A sua resposta não poderia ser melhor, maior, e mais graciosa, destruindo todos os nossos medos e temores:

“Quando orardes, dizei: Pai Nosso...”


       

     Engraçado, não!?! Eu achei...


EG

Retiro de Carnaval

            Um pouco atrasado, é verdade, mas aproveito para postar aqui algumas fotos do ótimo retiro de carnaval realizado em Coronel Vivida, nos dias 5 a 8 de março. O temo dos estudos e palestras foi Consagração, e envolveu palestras que falaram de Consagração; Santificação e 3 Mandamento; Moralismo e Atitudes Cristãs; Sacerdócio Real. Contamos com a ajuda do pastor Leandro Konflanz, de Campo Erê - SC e a união juvenil de lá, que engrandeceram este encontro e alegraram ainda mais o ambiente.

            Em nossa trilha na mata, passamos por mais de 20 pequenas quedas d'água, sendo uma com mais de 20 metros e a última com 56 metros de queda. Foi muito bacana podermos ver as belezas de Deus, preparadas com tanto carinho para todos nós.

           Ao todo, mais de 50 pessoas envolvidas, sendo 42 jovens, e 19 só da paróquia de Coronel, e por isso também ficamos felizes.








Que Deus continue nos abençoando...

                                                                                                                                                            EG

quinta-feira, 19 de maio de 2011

6 Dom de Páscoa – 2011 Sl 66. 8-20; At 17. 16-31; 1Pe 3. 13-22; Jo 14. 15-21

O bom sofrimento

            Será que existe um bom sofrimento? Será que existe alguém que goste de sofrer por dor, por fome, cansaço, ofensa, mentira, perseguição, inveja, injustiça?
            Nenhum de nós gosta de tais sofrimentos e angústias, no entanto enquanto vivemos estamos sujeitos a eles. E a Palavra de Deus em nenhum momento nos pede para simplesmente aceitarmos o sofrimento, mas ela nos ensina a enfrentarmos nossas dores com os olhos voltados para a cruz de Cristo, a encararmos o sofrimento por sermos testemunhas de Cristo como um “bom” sofrimento.
            As perguntas que são feitas desde o início da humanidade sobre a origem e causa do sofrimento tem ficado sem resposta para a maioria da humanidade, mas não para os cristãos. Aqueles que conhecem a Palavra de Deus sabem que a origem do sofrimento humano é o pecado original, cometido pelo primeiro casal. Deste pecado todos os outros se seguiram, como inveja, roubo, morte... todo o sofrimento que existe.

            Deus não havia planejado a vida do ser humano assim, e sim perfeita. Mas diante do que acontece ainda hoje, onde pessoas se matam, se drogam, se ofendem, se machucam, Deus vem ao encontro dos seus filhos para resgatá-los, nem que para isso tenha que usar a dor. A dor chama a nossa atenção, nos desperta para o que está nos machucando e muitas vezes nos fortalece.
            Certa vez, um jovem estava diante de um grande desafio que ele relutava em aceitar, talvez por medo. Foi quando encontrou um senhor de idade mais avançada que lhe falou palavras que marcaram a sua decisão. “Este desafio será um banho de ácido para você!” “Como assim?” perguntou o jovem. “As marcas que ele deixará em você vão transformá-lo para o resto da vida, e você vai crescer muito com elas! Não tenha medo, mas confie.” E realmente foi o que aconteceu, marcas para o resto da vida, que o fortaleceram e ajudaram a enfrentar todos os desafios que vieram depois daquele primeiro. Será que diante deste resultado, podemos concluir que existe um “bom” sofrimento?
            Mesmo diante do resultado positivo, não gostaríamos de sofrer. Ele continua sendo doloroso. Mas em meio ao que é doloroso, difícil, que nos faz cair, dobrar os joelhos aprendemos a confiar em Deus. O salmo de hoje nos mostra que Deus transforma o que é mau em coisa boa. Ele fez o salmista ser provado, passar por medos e cargas pesadas, para só então levá-lo a um lugar santo; para só então o salmista adorá-lo, para só assim testemunhar como Deus agiu em favor dele. O apóstolo Paulo relata que tinha um “espinho na carne”, algo que lhe causava dores, e quando pediu que Deus o curasse, Deus lhe respondeu: “A minha graça te basta, porque é na sua fraqueza que o meu poder é mais forte!” 2Co 12.7-10
            Nas mãos de Deus, até o sofrimento tem a sua função em conduzir para a salvação, em mostrar o caminho para o céu, que é Cristo, nosso Senhor. O apóstolo Pedro escreve: “Como vocês serão felizes se tiverem de sofrer por fazerem o que é certo! Não tenham medo de ninguém, nem fiquem preocupados. Tenham no coração de vocês respeito por Cristo e o tratem como Senhor.” (1Pe 3.14-15)
            Hoje muitas pessoas têm sofrido por fazer o que é justo, por fazer o que é certo, e são perseguidas por isso. Um empregado que é bem visto por seus superiores por fazer bem o seu trabalho, por trabalhar com dedicação, certamente terá como adversários aqueles que não o fazem. Um administrador honesto será reconhecido pelo seu trabalho, mas terá como inimigo os desonestos.
            Em todo o tempo muitas pessoas foram perseguidas por pregar a mensagem da salvação pela cruz de Cristo, foram perseguidas, presas, mortas, mas pela graça de Deus elas continuaram, mesmo com toda a dor e sofrimento, foram removendo as pedras do caminho com a ajuda do Senhor, fazendo com que o seu Reino chegasse até nós. Até mesmo a carta que lemos, de Pedro, é um testemunho disso. Os cristãos estavam sendo perseguidos e mortos pelo imperador Nero. Eles estavam fugindo, se escondendo de cidade em cidade. E Deus, por meio de seu apóstolo, lhes diz: “Como vocês serão felizes se tiverem de sofrer por fazerem o que é certo! Não tenham medo de ninguém, nem fiquem preocupados. Tenham no coração de vocês respeito por Cristo e o tratem como Senhor.” Não tenham medo de sofrer por causa de Cristo, pois Ele já venceu o mundo por nós! Ele travou e venceu o maior sofrimento de todos, Ele suportou o peso de todos os pecados da humanidade, os meus e os seus também.
            Quando falou aos seus discípulos, antes de morrer, ele disse: “Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Auxiliador, o Espírito da Verdade, para ficar com vocês para sempre... Não vou deixá-los abandonados, mas voltarei para ficar com vocês... E porque eu vivo, vocês também viverão.” (Jo 14. 16-19) Nosso Senhor Jesus carregou o peso dos pecados que cometemos hoje e ainda vamos cometer amanhã. Este peso era insuportável para nós, mas por causa do seu sofrimento em nosso lugar, ele nos chama e diz: “Venham a mim os que estão cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Cansados de sofrer pelo correto, cansados pela angustia do próprio pecado, cansados pela dor da idade, não importa, achegue-se a Cristo, pois ele lhe ajudará. Conheça suas palavras, conheça o seu amor verdadeiramente e deposite todo o seu sofrimento aos pés da cruz. Já que o pecado entrou no mundo, é ali, na cruz, que Deus quer que ele fique agora.
            Amados, certamente ainda iremos sofrer, mas felizes somos nós que temos o “bom” sofrimento, aquele que Cristo sofreu por nós.
“Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas.” (Mt 5.10)
                                                                                                                                                 EG

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pedras no Caminho

5 Dom de Páscoa – 2011

Sl 146; At 6. 1-7, 51-60; 1Pe 2. 1-10; Jo 14. 1-14
Pedras no Caminho
            Amados irmãos em Cristo,
           
Muitas vezes as pedras são citadas na Bíblia, com vários significados. Ás vezes com simbolismos, ás vezes não.
            Alguns exemplos: Na visão de Nabucodonozor, a qual Daniel interpreta, uma pedra cai e destrói uma grande estátua de barro, ferro, prata, bronze, ouro, e a despedaça completamente; nos altares levantados pelos servos de Deus no Antigo Testamento, como por exemplo Elias, onde um touro foi queimado completamente por Deus; a pedra que Jacó toma por travesseiro, na noite em que vê uma escada aberta para o céu; ou as pedras utilizadas nos apedrejamentos; a pedra em que Moisés, irritado, bate o seu cajado. E até mesmo nas palavras do Senhor Jesus, quando, entrando em Jerusalém, é interpelado por alguns fariseus, pedindo que Jesus mandasse as pessoas parar de cantar “Bendito o que vem em nome do Senhor”, ao que Jesus responde: “Eu afirmo a vocês que, se eles se calarem as pedras gritarão!” Lc 19. 40.  Estes são alguns poucos exemplos das muitas e muitas vezes que a Bíblia fala de pedras.
Nos textos bíblicos para hoje, as pedras também recebem destaque, especialmente nas leituras do Novo Testamento.
Em Atos, com o crescimento da igreja, os apóstolos se vêem forçados a escolher pessoas para ajudarem no trabalho cristão, para que eles possam dedicar-se à oração e o anúncio da Palavra. Entre um dos escolhidos está Estevão, um homem muito abençoado  por Deus, cheio de poder, que fazia grandes maravilhas e milagres entre o povo, conforme At 6.8. Este homem realiza uma bela pregação, mostrando como Deus agira no meio do povo de Israel e como este povo havia rejeitado o Senhor, perseguindo os seus profetas e matando-os. Mas o coração endurecido dos seus perseguidores fez com que eles o arrastassem para fora da cidade e, cheios de raiva, o matassem. Mesmo ali, diante da sua morte, este servo do Senhor, sentindo o peso das pedras em seu próprio corpo, quebrando os seus ossos, pede: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito!”
No texto da segunda carta de Pedro, o apóstolo fala da pedra que os seres humanos rejeitaram, a pedra viva que Deus escolheu como sendo a pedra principal. Por meio desta pedra, que é Jesus, o alicerce seguro para todas as tormentas, temos vida e salvação. E o templo espiritual que é a Igreja, construído pelo próprio Deus sobre esta pedra, prevalecerá sempre contra todos os adversários. E Deus nos diz que  “essa pedra é de muito valor para vocês, os que crêem. Mas para os que não crêem, a pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante de todas”. E “esta é a pedra em que as pessoas vão tropeçar, a rocha que vai fazê-los cair”. 2Pe 2. 7-8.
Quantas pessoas tropeçam na palavra de Deus, mas não crêem no que ela diz? Quantas pessoas andam por este mundo fazendo todo tipo de maldade, mas acreditam que com algumas boas atitudes conseguem pagar o seu débito diante de Deus? Quantos estão espalhados neste mundo vivendo como se nada houvesse além do que vêem? Quando forem defrontados com a pedra viva, que é Jesus, eles certamente cairão, porque Deus assim diz.
E quanto a nós? Quantas vezes preenchemos nosso caminho com pedras que não são a pedra principal? Será que em nosso dia a dia não retiramos Deus, retiramos a sua palavra, as suas verdades e promessas, e preenchemos o nosso coração com pedras que pensamos ser importantes, mas na verdade não são? Quando somos desonestos, quando ofendemos, quando preferimos o vício que maltrata nosso corpo e nossa mente? E quando retiramos de Deus o lugar que lhe pertence, em nosso coração? Assim deixamos a pedra viva de lado para sermos pedras de tropeço para nós mesmos e para o nosso próximo. Uma palavra ríspida cheia de rancor dita em casa; um trabalho feito cheio de preguiça; o tempo que deixamos de dedicar para nossa família; por estarmos mais preocupados com o jogo de futebol são exemplos de como nos tornamos pedras de tropeço todos os dias.
E quando nossos joelhos já doem de tanto cair por causa dos próprios tropeços, Deus se revela ainda mais um Deus de amor. É quando tropeça que uma criança percebe que precisa da mão firme do seu pai para o segurar. E Deus nos toma pela mão e caminha conosco no caminho para o céu. Ele é quem nos guia e nos faz dar passos confiantes, é Ele quem abre um caminho que atravessa até mesmo a escuridão mais densa e nos leva à vida eterna. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim” Jo 14.6.  Quando o caminho é feito em terra mole, ou areia, o pé afunda, o carro atola, e precisamos ser puxados para continuar. O caminho que Jesus abriu para nós está firme nele, a rocha, a pedra viva. Pois a pedra (sem simbolismo!) mais importante da Bíblia já foi retirada e o túmulo está aberto!
Agora podemos olhar para Jesus como a pedra viva lembrando que esta pedra não é algo imóvel, mas como nosso Pai celestial que nos carrega em seus braços fortes, nos dando a confiança de que ele sempre fará o que for necessário por nós.
Amados irmãos, os braços do Senhor Jesus sempre envolverão o vosso coração e a vossa vida, pois contra a Pedra Viva, nosso Salvador, e quem estiver nela, nenhum inimigo prevalecerá. Amém.