quarta-feira, 24 de abril de 2013

P A Z V I V I D A - O L I V R O ! ! !

Agora é oficial: o programa Paz Vivida, que vai ao ar todas às quintas feiras, pela rádio Voz do Sudoeste ( http://www.radiovozdosudoeste.com.br/2011/) vai virar livro! Todos os encaminhamentos já foram tomados, as correções feitas, os acordos firmados...
Graças ao apoio da Secretaria de Cultura, da Prefeitura Municipal, dos nossos colaboradores e de todos aqueles que oram por este trabalho, em breve teremos o lançamento desta ferramenta para evangelização. Os temas dos nossos programas foram adaptados e traduzidos para a linguagem gráfica e, em breve, estará em nossas mãos. Que Deus nos abençõe neste trabalho!

Orem por nós, queridos.

Em breve mais detalhes. Fiquem Com Deus!
EG

domingo, 14 de abril de 2013

Jo 21. 1-14 - Sempre com você! - EG


            Jesus havia sido morto e estava aparecendo aos discípulos algumas vezes, sempre trazendo uma mensagem de paz. Mas o que os discípulos faziam neste período? Permaneceriam com Jesus, anunciando o evangelho ou voltariam para suas vidas?
2 Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado “o Gêmeo”; Natanael, que era de Caná da Galiléia; os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos. 3 Simão Pedro disse aos outros: — Eu vou pescar. — Nós também vamos pescar com você! — disseram eles.
Eles voltaram para suas antigas atividades! Voltaram a ser pescadores. Estes sete discípulos viviam do lago da Galiléia/ Genesaré, dos seus peixes e da atividade pesqueira. E quando Jesus demorou para retornar a aparecer, eles voltaram ao seu trabalho normal. Não que isso fosse algo ruim, eles consideravam a atitude correta, necessária. Eles haviam tido por três anos um trabalho espiritual, mas agora estavam privados dele e precisaram voltar para o trabalho manual.
Por outro lado, eles haviam passado três anos na companhia de Jesus sem depender do seu trabalho para sobreviver. Por que voltaram? Por desânimo, por incerteza, por indecisão, não sabemos! O fato é que voltaram para suas vidas. O amor que era eterno, por Jesus, a coragem que faria com que eles não se separassem de Jesus, (já havia sido mostrada na crucificação), o carinho pelo mestre foi incapaz de mantê-los firmes na certeza de que o trabalho espiritual não havia terminado.
É como muitos amores eternos de hoje em dia. As pessoas mal se conhecem e fazem juras de amor, de paixão, e temos visto que alguns amores eternos duram menos que a bateria do celular. Quando as dificuldades aparecem, o mais fácil é largar tudo e voltar para a vidinha que se tinha antes. As pessoas não gostam de lutar para estarem juntas, lutar para manter a comunhão. Com nosso próximo é assim, com Deus também é.
3Então foram todos e subiram no barco, mas naquela noite não pescaram nada. 4 De manhã, quando começava a clarear, Jesus estava na praia. Porém eles não sabiam que era ele. 5 Então Jesus perguntou: — Moços, vocês pescaram alguma coisa? — Nada! — responderam eles.
            Mas o trabalho braçal não foi produtivo. Passaram a noite pescando e não pegaram nada. Até que a voz de um desconhecido soou da margem: Têm comida? Eles não reconheceram Jesus, além de não estarem o aguardando, não o reconheceram quando ele falou com eles.  Aquela voz que anunciou a paz a poucos dias para eles já não era mais facilmente reconhecida. Então era necessário Jesus se dar a conhecer:
6 — Joguem a rede do lado direito do barco, que vocês acharão peixe! — disse Jesus. Eles jogaram a rede e logo depois já não conseguiam puxá-la para dentro do barco, por causa da grande quantidade de peixes que havia nela. 7 Aí o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: — É o Senhor Jesus! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a capa, pois havia tirado a roupa, e se jogou na água.
            Vejam que história estranha: não era normal passar uma noite inteira sem pescar absolutamente nada, não era normal sábios e experientes pescadores acatarem a sugestão de um desconhecido, não era normal a grande quantidade de peixes. E não era normal o fato de Pedro tomara a sua capa e pular na água! Pedro era muito intempestuoso! Quando se deu conta de que era Jesus, tomou a sua capa e pulou na água para ir nadando ao seu encontro.
            Existe algo de simbólico aqui, com certeza. A capa/manto era uma roupa comprida, usada por cima das outras roupas. Nas quatro pontas da capa os israelitas costuravam pingentes a fim de lembrar que deviam ser fiéis a Deus. Pedro poderia muito bem ter esperado o barco chegar na praia, poderia ter pulado sem a sua capa, poderia ter tomado tantas atitudes. Mas o que ele fez demonstrou que ainda em seu coração estava a fé em Jesus, a confiança em sua Palavra. Apenas precisava ser reforçada! Ele não queria encontrar Jesus apenas com suas roupas de baixo, suas roupas sujas do trabalho, tinha de estar com sua capa, molhada ou não.

            Os cristãos precisam estar com Jesus! E eles todos são como Pedro, se esquecem, se dedicam a outras coisas, vivem suas vidas com suas roupas sujas à mostra, com seus pecados expostos. Mas quando lembram-se de Jesus, do seu amor da sua paixão por eles, eles têm toda a certeza de que a roupa que Cristo coloca em nós é uma roupa muito melhor, que esconde nossos pecados. Lembram-se da alegria que é estar na presença do Senhor , lembram da alegria de ouvir o Senhor. Lembram que eles não podem ir ao encontro do Senhor sozinhos, mas é o Senhor quem se apresenta, que chama, que mostra o seu poder e os convida para alimentarem-se.
            Quem é que consegue viver sem comer? Certamente ninguém. Deus sabe disto e providencia um alimento eterno. Diz o texto que:
9 Quando saíram do barco, viram ali uma pequena fogueira, com alguns peixes em cima das brasas. E também havia pão. 10 Então Jesus disse: — Tragam alguns desses peixes que vocês acabaram de pescar. 11 Aí Simão Pedro subiu no barco e arrastou a rede para a terra. Ela estava cheia, com cento e cinqüenta e três peixes grandes, e mesmo assim não se rebentou. 12 Jesus disse: — Venham comer! Nenhum deles tinha coragem de perguntar quem ele era, pois sabiam que era o Senhor. 13 Então Jesus veio, pegou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com os peixes.
Venham comer! Não precisamos dos peixes do trabalho de vocês, mas sim, peguem deles também! E os discípulos que, antes estavam inseguros quanto ao que iriam comer, pois trabalharam a noite toda sem pegar nada, agora podem se fartar.  Em Cristo recebemos o alimento perfeito, muito melhor que os peixes que os discípulos comeram naquela praia: recebemos o corpo e sangue de Jesus. Este alimento é para o corpo e para a alma, fortalece a fé na vitória que Jesus concede, não que conquistamos ou compramos. Vitória que ele concede.

Queridos irmãos, esta é a terceira aparição de Jesus aos discípulos relatada no evangelho de João. Os discípulos tocaram a sua vida em frente, seguiram adiante como se aquilo que viram e aprenderam fosse passageiro. Até mesmo Judas escolher seguir a sua vida em frente. Nós também tocamos nossa vida em frente dia após dia.

Quando um relacionamento termina, tocamos nossa vida em frente, quando um trabalho se encerra, seguimos em frente, quando perdemos alguém, vamos tocando o barco. Mas quando se refere a Jesus, a história é diferente, podemos até tocar em frente, como se ele não existisse. E é o que muitos fazem! E sofrem por isso. Mas Jesus vem ao nosso encontro, nos anima, fortalece, surpreende, alimenta! Ele toca a sua vida em frente também, nem que isso o leve à morte. Mas o tocar em frente de Jesus é diferente do nosso.

Seguir em frente para Jesus significa lutar por nós, nos amar ainda mais, estar ainda mais conosco. Com Jesus jamais estaremos sozinhos. Ele sempre estará nos chamando! Sempre estará conosco!
Creia nisto e segue a tua vida, vai em frente, toca o barco! Amém.

           

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Jo 20. 19-29 - Que a Paz esteja com vocês!



Obs: (Pode-se usar um sermonete: dentro de uma caixa o pregador diz ter algum bichinho, que um voluntário, com os olhos vendados tentará descobrir. Na verdade, seria um bichinho de pelúcia. A partir daí fazer as ligações necessárias dentro da mensagem.)

            Do que você tem medo? As pessoas tem muito medo de muitas coisas. Quando Jesus foi sepultado os discípulos haviam ficado com muito medo. Se com o mestre haviam feito tudo aquilo, que poderiam fazer com eles, meros discípulos.
            O evangelho nos traz a seguinte informação:
19 Naquele mesmo domingo, à tarde, os discípulos de Jesus estavam reunidos de portas trancadas, com medo dos líderes judeus.

Com medo dos judeus, medo do sinédrio, do castigo que poderia recair sobre eles por terem seguido um “falso Messias” que agora estava morto.
            O medo vem daquilo que não conhecemos, daquilo que está oculto, daquilo que é estranho, daquilo que sabemos que pode nos ferir. Por causa do medo, os discípulos escolheram se esconder. O que nós faríamos em situação semelhante? Se o medo da própria morte estivesse diante de nós? Por isso as palavras de Jesus são tão confortadoras para aquelas pessoas:
Então Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: — Que a paz esteja com vocês! 20 Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o Senhor. 21 Então Jesus disse de novo:— Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.
Que a paz esteja com vocês! Vocês que estão escondidos, com medo, assustados... Aqui estou eu trazendo aquilo que havia prometido, a paz verdadeira, a paz que ninguém mais pode dar. Lembrem-se de que eu os havia avisado que sofreria e morreria, mas no terceiro dia ressuscitaria. Aqui estou, diante de vocês!
            Agora sim, o medo havia sido dissipado, pois aquele que estava ali, em pé, milagrosamente, eles conheciam. Aquela voz era conhecida, e por isso o medo dá lugar à alegria! O evangelho de Lucas nos conta que Jesus comeu com eles, permitiu que eles tocassem suas feridas e sentissem que realmente aquele que estava ali era o mesmo Jesus. Não um fantasma, não uma alucinação, mas o verdadeiro e vitorioso Jesus.
            Que alegria devem ter sentido! Estavam com pensamentos de morte, de dor, de castigo e punição e nos segundos seguintes todos estes sentimentos dão lugar a alegria.
            Mas Jesus não apareceu apenas para eles para lhes tranquilizar os corações. Havia uma missão a ser cumprida, havia um presente a ser entregue, uma promessa a ser cumprida:

22 Depois soprou sobre eles e disse: — Recebam o Espírito Santo. 23 Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.
Aqui está o único poder da Igreja: de perdoar os pecados! Jesus concedeu o Espírito Santo para com ele, os cristãos servirem como agentes do perdão, do evangelho, do anúncio da vitória de Cristo sobre a morte e também para o anúncio da Lei para aqueles que não se arrependem dos seus pecados. Cristo transformou aqueles homens temerosos, tristes, abatidos, em pessoas portadoras da maravilhosa notícia da vida verdadeira. E através do Pentecostes, temos a confirmação de que não se trata apenas dos discípulos, mas toda a cristandade espalhada pela terra que tem a honra de anunciar o perdão ou retenção dos pecados.
E com que autoridade podemos fazer isto? Com a autoridade do próprio Jesus Cristo!
Como nós reagiríamos a todas estas coisas? Como nos sentiríamos se ouvíssemos os discípulos contarem que viram Jesus? Ou as mulheres que viram Jesus? Não sei, talvez e provavelmente teríamos agido como Tomé.
24 Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de “o Gêmeo”, não estava com eles quando Jesus chegou. 25 Então os outros discípulos disseram a Tomé: — Nós vimos o Senhor! Ele respondeu: — Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer!
Se eu não ver com meus próprios olhos não vou acreditar! Esta é uma frase bem comum. É o ser humano em pessoa falando. Mas Deus responde de forma diferente:
26 Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: — Que a paz esteja com vocês! 27 Em seguida disse a Tomé: — Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia! 28 Então Tomé exclamou: — Meu Senhor e meu Deus! 29 — Você creu porque me viu? — disse Jesus. — Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!
Uma semana depois, os discípulos estão novamente com as portas trancadas, e novamente Jesus aparece em seu meio, dizendo novamente as mesmas palavras: “Não se assustem, tenham paz!”  E ao confirmar para Tomé que realmente era ele quem havia vencido a morte, que os sinais da sua batalha estavam presentes em seu corpo, o discípulo faz uma confissão de fé simples, mas completa: “Meu Senhor e meu Deus!” O termo Senhor no Antigo testamento era usado somente com relação a Deus,  e ao chamar de Jesus e Deus, ao mesmo tempo, Tomé mostra que finalmente compreendeu quem era Jesus. Senhor e Deus!
Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram... Estas palavras são um lembrete para toda a humanidade. Lembrete pois muitos dizem que Cristo nunca existiu, ou que aquilo que os discípulos viram era um fantasma, ou que Cristo foi inventado, dizem que se não podemos ver Deus ele não existe.
Se você não vê o vento, significa que ele não existe? Se você não vê o amor, significa que ele não existe? Então, realmente é certo pensar que se não podemos ver Deus ele não existe? Claro que não! “Mas pastor, nós vemos os sinais do vento, vemos os sinais do amor...”
E também vemos os sinais de Deus! Ou será que não vemos Deus agir em uma planta que cresce harmoniosamente, fazendo com que cada galho, cada folha, cada flor seja uma obra de arte?! Vemos os sinais do amor de Deus agindo em cada dia de sol ou de chuva, em cada criança que vem ao mundo, em cada nota musical que compõe uma sinfonia? Quem poderia imaginar tudo com tamanha perfeição, senão Deus!
E vemos os sinais de Deus nas feridas de Jesus. Ali mais do que em qualquer outro lugar! Quem de nós seria capaz de carregar o fardo de toda a humanidade se não o próprio Deus! Na cruz nós podemos ver o Deus verdadeiro dar sua vida em nosso lugar.
Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram... Nós não vimos, com nossos olhos, mas com nossa fé, dada pelo Espírito Santo do Senhor, nós vemos e cremos. Que alegria saber que aquelas palavras de Jesus, ditas em momento de grande angústia, também são para nós:
Que a paz esteja com vocês! Amém.