sexta-feira, 20 de maio de 2011

Senhor, ensina-nos a orar!

              Com estas palavras, registradas no Evangelho de Lucas 11.1 os discípulos expressaram o seu desejo em serem mais fluentes nas conversas com Deus. Fico pensando se nós estivéssemos cara a  cara com Jesus, o que diríamos? Como nos comportaríamos? Afinal ele é o Rei do Reis, Senhor dos Senhores, que assentou os pilares do universo e conduz o mundo de acordo com sua vontade!

            Para a maioria dos cristãos esta é postura que conduz o seu relacionamento com o Pai, medo. Mas não o medo “respeito”, medo por medo mesmo, do tipo que nos faz pensar que é melhor nem chegar perto de Deus, que é melhor pedir para que pessoas mais preparadas falem com Ele. Talvez uma imagem mal compreendida do Deus do Antigo Testamento seja o que guia estas pessoas.

            Puxa, escrevendo isso agora, atento para a forma com que eu mesmo me dirijo ao Senhor, escolhendo todas as palavras com cuidado, como se Ele não soubesse o que se passa na minha mente e no meu coração. Será que este temor é justo? Será que é este o relacionamento que Deus quer estabelecer com os seus filhos?

            Quando Deus entrega a sua vida, quando faz promessas sem ter que fazê-las, quando escolhe um povo para ser seu mensageiro, quando escolhe salvar ao invés de destruir a humanidade, quando escolhe andar, comer, chorar, sofrer, sorrir, se alegrar, sangrar, morrer... será que esta pergunta “que tipo de relacionamento Deus quer ter com seus filhos?” nao perde sua razao? E como não pudemos perceber isto antes! Deus nos criou para sua glória e nos comprou a preço de sangue de volta quando fomos roubados dele. Lutero escreve na explicação do 2 artigo do credo apostólico dizendo que “Ele me comprou com o seu sangue e sua morte... para que eu lhe pertença e viva submisso a Ele em eterna justiça e bem aventurança...”

            Quando os discípulos pedem para Jesus ensiná-los a orar, eles estão sendo sinceros, querem ajuda. Querem fazer a “coisa” da forma certa, da forma que o Deus deseja. Talvez eles tivessem o mesmo medo e temor que nós expressamos hoje.

            Jesus não os ensina a orar, mas ensina uma oração. A sua resposta não poderia ser melhor, maior, e mais graciosa, destruindo todos os nossos medos e temores:

“Quando orardes, dizei: Pai Nosso...”


       

     Engraçado, não!?! Eu achei...


EG

Nenhum comentário:

Postar um comentário