quarta-feira, 29 de junho de 2011

3 Dom Pentecostes – Sl 145. 1-14; Zc 9.9-12; Rm 7.14-25ª; Mt 11. 25-30.

A Loucura que nos Salva

                Amados irmãos, creio que todos nós já tivemos o desprazer de ter de acatar ordens de um superior que não era correto em suas atitudes: arrogante, mandão, briguento, orgulhoso ou qualquer outra característica desaconselhável para um bom líder. Normalmente no ambiente de trabalho destas pessoas afloram brigas e intrigas.
                Ou então já estivemos sentados no banco do carona, seguindo por estradas em alta velocidade, com motoristas que não respeitavam as leis de trânsito, nos colocando em perigo e nos fazendo ter medo.
                Não seria muito melhor se tivéssemos bons líderes? Pessoas tementes a Deus e que procuram fazer o correto? Não seria muito melhor andar com motoristas que respeitam a lei, sem exceder a velocidade permitida, e que andem no lado certo da rua?
                Certamente ser guiado por outro não é legal. Mas e quando é o nosso coração que é guiado por alguém que nos faz brigar? Ou mesmo que nos faz odiar e desrespeitar, falando mal, agindo mal, trabalhando mal? E que nos leva a andar na contramão e fazer aqueles que estão conosco a sentirem medo? Pois assim é a nossa vida diante do Senhor, um constante lutar contra, um constante falar coisas erradas, um constante deixar-se levar por motoristas que nos conduzem por caminhos errados...
                A mensagem de Jesus é sempre clara e amorosa: “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso.” Mt 11.28. Ele deseja ser o nosso guia, aquele que nos leva ao destino eterno sem temermos, sem duvidarmos. Ao fazer esta promessa ele quer que lembremos de todas as promessas proferidas por Deus, lembrando também que Ele cumpriu todas elas perfeitamente por amor a nós.
                As palavras de Zacarias 9. 9-12 mostram uma promessa que Deus fez e cumpriu: “Alegre-se muito, povo de Sião! Moradores de Jerusalém, cantem de alegria, pois o seu Rei está chegando. Ele vem triunfante e vitorioso; mas é humilde, e está montado num jumento, num jumentinho, filho de jumenta... Moradores de Jerusalém, eu fiz uma aliança com vocês, que foi selada com sangue”.  Deus, em cada palavra proferida, demonstra o seu amor pela humanidade, e o desejo em ser o nosso guia, o nosso Pai, nosso amigo.
                Como não enxergamos? Como é possível que rejeitemos suas promessas? Pois a cada pecado cometido por nós expressa o contrário da vontade do Senhor: expressa que não queremos que Deus seja o nosso superior; demonstra que nós queremos tomar as rédeas da nossa vida nas mãos e “tocar em frente” por caminhos escuros e perigosos, que conduzem para a morte e para a dor; a cada pecado atirado contra Deus, mostramos quem é o nosso verdadeiro guia nesta vida: “Mas eu sou humano e fraco e fui vendido ao pecado para ser seu escravo. Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio. Se faço o que não quero, isso prova que reconheço que a lei diz o que é certo. E isso mostra que, de fato, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz... Assim eu sei que o que acontece comigo é isto: quando eu quero fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau... Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte?” Rm 7. 14-17, 21, 24

                A lei do Senhor quer nos despertar para a realidade de que nós não somos donos da nossa própria vida, e portanto, não temos o poder para decidir em que direção ela vai seguir. Precisamos que alguém nos diga a direção para a qual andaremos. E como ovelhas que seguem seu pastor, nós seguimos.
                Então, quem é o nosso pastor/guia? Seria mesmo Jesus ou um outro guia disfarçado? Disfarçado de lobo, disfarçado de mentira, de roubo, de adultério, de fofoca, disfarçado de raiva e ódio, de ganância e orgulho...? Ou estaria disfarçado de espírito, ou mesmo de anjo? A Bíblia nos ensina que o único que pode nos guiar para a salvação é Jesus Cristo, o Ungido de Deus. Para descobrir a resposta, precisamos olhar “para dentro”: quando mentimos, quem está ditando a direção? Quando roubamos, quem nos diz para onde ir? Ou quando traímos, brigamos, desejamos o mal... quem dirige a nossa vida? Jesus ou o pecado?

                Assim, amados, se Deus não interferisse na nossa vida, com toda a sua obra da salvação, estaríamos nas mãos deste guia, e seguiríamos todos para a morte certa, para a eterna infelicidade, dor e ranger de dentes. Se Deus, com sua mão poderosa, não estendesse a nós o seu oceano de misericórdia e de compaixão estaríamos perdidos.
Seria como se soubéssemos que Hitler, além de cometer tantas atrocidades, perderia a guerra, e mesmo assim ficássemos fiéis a Ele e o seguíssemos cegamente! Isso é loucura!

Povo de Deus: Isso é loucura! Seguir o pecado, não lutar contra ele é loucura! Não ouvir a voz do Pai chamando é loucura! “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve.” Mt 11.28-30

Como guia espiritual, ordenado por Deus, eu exorto a vocês: Ouçam a voz do Senhor Jesus! Ele quer ser o guia das nossas vidas para nos conduzir à vida verdadeira. Quando o apóstolo escreveu que era escravo do pecado e fazia o que não queria, ele sabia também que Deus já havia pago o preço destes pecados e por isso ele exclama dizendo: “Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte? Que Deus seja louvado, pois ele fará isso por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!” Rm 7. 24-25.

As promessas de Deus continuam valendo para nós, apesar dos nossos pecados. Amado irmão, por mais que você pense que o seu pecado é grande demais para ser perdoado, o amor do Senhor é maior. Por causa deste amor ele tomou o seu pecado em suas costas, e o levou para o túmulo! Fez isso porque te ama!


“Mas isso é loucura!” Sim, é verdade. É loucura. E ainda bem que Deus é louco por nós!

EG

quarta-feira, 22 de junho de 2011

2 Dom de Pentecostes – Sl 119.153-160; Jr 28. 5-9; Rm 7.1-13; Mt 10.34-42

Espada em vez de Paz
 Aniversário da IELB

                Em todas as batalhas que travamos em nossas vidas, não desejamos que inimigos se levantem contra nós. Entre todas as pessoas existe um desejo de que nossas batalhas sejam pacíficas. E a verdade é que se assim forem, então não seriam batalhas... Como cristãos, somos chamados a  batalhar pelo Reino do Senhor, chamados a batalhar por nossas congregações, e principalmente, temos que lutar individualmente para sobreviver todos os dias, para resistir aos ataques do maligno, que deseja nos arregimentar para o seu exército. Será que para nós esta batalha está sendo pacífica? Ou está sendo uma luta ferrenha?
                Amados irmãos, todos temos conhecimento de que as batalhas a serem travadas não são somente espirituais, mas está chegando o tempo em que travaremos lutas reais, contra adversários que tem o único propósito de destruir a fé, destruir a família, destruir tudo o que Deus institui como certo e justo. Nosso governo tem se esforçado para inserir em nossas escolas ensinos que não são corretos, todos os meios de comunicação, guiados pelo desejo de atrair mais leitores, ouvintes, telespectadores, incluem em sua programação programas vergonhosos, caluniosos, e quase sempre, com uma sexualidade explícita, atingindo a todos nós. Esta semana recebi um e-mail falando de alguns ativistas do homossexualismo, e de como eles declararam guerra à fé cristã, independente de religião. Guerra! Chamaram a todos os cristãos de inimigos e fanáticos! Não sei se o e-mail reproduz a verdade plena, mas sabemos que existem movimentos que desejam ensinar o homossexualismo como algo normal da “evolução humana”.
           Em meio a estas batalhas que não são de hoje, estamos nós. Está a Igreja Evangélica Luterana do Brasil! Completando 107 anos de muita luta, de muitas dificuldades, de muitas alegrias também. 107 anos amparada pelas palavras do Senhor Jesus, firmada na Escritura Sagrada como única fonte de conhecimento que leva à salvação, por meio de Jesus. 107 anos em que em todas as lutas procurou obedecer a palavra em Mt 28: “... batizando e ensinando tudo o que vos tenho ordenado...” Mas se estamos firmados na Palavra de Deus, porque , como igreja cristã e fiel, ela possui tantos adversários?
             Amados, toda pregação da Palavra de Deus consiste em duas coisas fundamentais: Lei e Evangelho.  Todo texto evangelístico, todo programa de rádio, toda mensagem, todo estudo bíblico está fundamentado nestas duas faces da mesma Palavra divina: Lei e Evangelho.
              A lei pronunciada pela IELB nestes 107 anos sempre acusou o ser humano dos seus erros, pois esta é uma das funções dela. Quando Deus concedeu a Lei ao seu povo, Ele estava mostrando o que Ele queria dos seus filhos. E todos nós, desde nosso nascimento em pecado, não somos capazes de fazer a vontade do Pai, nem em atos, nem em palavras e nem em atitudes. Por isso, quando estamos diante da Lei divina, ela nos acusa. Também nos mostra onde somos acusados, porque somos acusados diante do Senhor, nos impede de sair do caminho que Deus traçou, e quando saímos, novamente ela nos acusa. Em seus 107 anos, a IELB teve muitos adversários, não inimigos, pois pregou a Lei de Deus a quem precisava ouvi-la, fosse quem fosse. Deus falou por meio dos seus profetas modernos e anunciou o seu juízo sobre o mundo por meio da sua Lei. E por isso, a igreja encontrou adversários: políticos, ativistas, pessoas importantes, famosas e não famosas, e até mesmo membros de suas congregações. Não porque desejava, mas porque anunciava a Palavra do Senhor.
                Os apóstolos também pregavam a Lei aos seus ouvintes: “O que vamos dizer então? Que a própria lei é pecado? É claro que não! Mas foi a lei que me fez saber o que é pecado. Pois eu não saberia o que é a cobiça se a lei não tivesse dito: ‘não cobice.’ Porém o pecado se aproveitou dessa lei para despertar em mim todo tipo de cobiça. Porque, se não existe a lei, o pecado é uma coisa morta. Pois houve um tempo em que eu não conhecia a lei e estava vivo. Mas, quando fiquei conhecendo o mandamento, o pecado começou a viver, e eu morri. E o próprio mandamento que me devia trazer a vida me trouxe a morte. Porque o pecado, aproveitando a oportunidade dada pelo mandamento, me enganou e, por meio do mandamento, me matou.” Rm 7. 7-11
          Vocês conhecem a vontade do Senhor, então, assim como o apóstolo, pela Lei, estão mortos pelos seus pecados. Esta é a mensagem da Lei, que certamente cria inimigos. No texto do evangelho lemos que Jesus sabia disso, e sabia que haveriam muitas lutas por causa da sua obra. “Não pensem que vim trazer paz ao mundo. Não vim trazer a paz, mas a espada. Eu vim para pôr os filhos contra os pais, as filhas contra as mães e as noras contra as sogras...”Mt 10.34-35. É isto que faz a Lei, acusa, fere, machuca... mas também desperta o coração para pregação do Evangelho.
A completa pregação da Palavra do Senhor não termina na pregação da Lei, com a pregação dos mandamentos, mas no Evangelho, na boa notícia da salvação em Cristo, pois Deus ama o mundo verdadeiramente e realiza tudo para tê-lo em seus braços. A pregação do Evangelho que a IELB realizou nestes 107 anos consolou muitos corações, conduziu muitas pessoas ao encontro com Jesus, mostrou a beleza das promessas divinas, abriu as portas do céu, deu esperanças para quem já não a tinha mais. A pregação do evangelho é o ensino de todas as coisas que Deus fez por nós, por mim e por você, pelas pessoas que já se foram e pelas que ainda virão. É pregar que Deus continua desejando salvar seus filhos; que Ele dá sua própria vida para resgatar sua criação; é pregar que Ele não hesita em derramar o seu sangue para que o nosso não seja necessário.
107 anos pregando que “Deus amou tanto o mundo que deu o seu único Filho para que todo que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna.” Jo 3.16; 107 anos pregando que “pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus.” Ef 2.8; 107 anos pregando Lei e pregando Evangelho.
Hoje existem muitos pregando por aí. Mas o que Eles pregam? Em nome de quem eles falam? Podem ser aceitos como profetas, pois suas palavras se confirmam? (Jr 28.9) Deus ajude a IELB a continuar por mais 100, 200, 300 anos, a pregar a sua Palavra, sua Lei e seu Evangelho, fazendo todos compreender o seu amor, compreender que o objetivo da sua Lei não é criar inimigos, mas conduzir ao único caminho que salva. 
A igreja pode ter muitos adversários, mas justamente por causa do Evangelho que ela prega, terá somente um inimigo. Todos os outros são alvos do nosso lema: Cristo Para Todos!
EG

sábado, 18 de junho de 2011

PAI, COMEÇA O COMEÇO!

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - “pai, começa o começo!”. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
           Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás). Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho.
Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades no trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no com clientes, o esforço diário que é a construção de uma nova vida a só, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
“Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente neste  ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”
Autor Desconhecido

terça-feira, 14 de junho de 2011

Santíssima Trindade – 2011


Santíssima Trindade – 2011
Sl 8; Gn 1.1-2.4; At 2. 14ª, 22-36; Mt 28. 16-20

Em 1969, quando o primeiro homem pisou na lua, ele exclamou palavras que marcaram gerações: “Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade”. Realmente é um fato muito impressionante que o ser humano tenha conseguido chegar a lugares tão afastados como a lua e planeje chegar ainda mais longe. É impressionante o que mãos humanas podem fazer no alto de seu desenvolvimento atual: carros, aviões, hidrelétricas, edifícios, robótica, mecânica, computação... E grandes passos continuam a ser dados todos os dias em diferentes áreas.
                Mas quando somente os feitos humanos são exaltados fica clara uma tendência que deseja somente afastar os nossos olhos das mãos do Senhor. Se somos capazes de coisas tão espetaculares, é somente porque o Senhor nos capacita; se somos capazes de voar é para podermos ver as belezas que Ele criou; se podemos construir computadores complexos, é para que vidas sejam salvas. E assim por diante. Mas o poder subiu a nossa cabeça!
                Olhar somente os feitos humanos afastam nossos olhos dos feitos divinos do Senhor. Este domingo, que pelo calendário da igreja é chamado de Domingo da Santíssima Trindade, através dos textos bíblicos quer abrir os nossos olhos para percebermos que grande mesmo é o Senhor, Criador de todas as coisas; que bom mesmo é o nosso Salvador Jesus, que dá a vida para nos salvar; que cuidador perfeito é o Espírito Santo, que age em nós e nos mantém no bom caminho.
                Quando todos tentam se convencer que o mundo é um mero acontecimento do acaso, a Palavra de Deus é clara e direta: “No começo Deus criou os céus e a terra”. Gn 1.1. E numa sucessão de relatos, ela nos conta como Deus realizou a obra da criação. Tudo em perfeita e plena ordem. Não foram mãos humanas que fizeram isso. Não surgimos por acaso, mas fomos feitos conforme a vontade suprema do Criador. Ao se insistir que o ser humano evoluiu até atingir sua forma de hoje, mais uma vez a humanidade está querendo dar o “grande passo” em direção à uma suficiência que não é sua de verdade! Ela é dependente da ação de Deus, Deus precisa criar e manter-nos para que possamos continuar existindo. E apesar de todos os nossos passos, nada vai mudar isto.
                No sermão de Pedro, apresentado em Atos 2, vemos a ação deste mesmo Deus  salvando a sua criação, que quando criada era perfeita, mas as mãos humanas conseguiram manchar com o pecado e a destruição. Quando a única direção que restava para os evoluídos humanos era a morte, Deus promete um Salvador, e faz com que toda a criação tenha uma chance de ser redimida. Cheio de alegria e do Espírito Santo, o apóstolo prega Jesus para uma multidão e avisa: “Todo o povo de Israel deve ficar bem certo de que este Jesus que vocês crucificaram é aquele que Deus tornou Senhor e Messias”. At 2.36
                Novamente as mãos humanas não podem conduzir a passo nenhum, a não ser o da morte eterna. Novamente é necessário que as mãos de Deus se manifestem para que exista vida verdadeira. Mãos que entregam seu próprio Filho para morrer em nosso lugar e pelas nossas mãos. Mas pelo poder que está com o Senhor, ele não permaneceu no túmulo, reviveu e hoje reina sobre todas as coisas, é dele toda a autoridade e o governo está nas suas mãos, é que Ele próprio nos diz. Ele deu o passo mais importante para toda a humanidade quando deu a sua vida pela nossa redenção.
                E assim como agiu naquelas pessoas no dia do Pentecostes, o Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, age em nós mediante a exposição da sua Palavra e da sua vontade divina. Ele quer nos convencer de que nossas mãos, apesar das coisas impressionantes que pode fazer, conduz somente à morte e ao pecado. Quer nos convencer de que somente as mãos estendidas e abertas do nosso Senhor Jesus podem nos conduzir à vida verdadeira, plena, feliz, onde nossos passos mais importantes são os que são dados na companhia do Pai.
                Quantas coisas feias nossas mãos já fizeram? Quantas pessoas já foram agredidas pela sua força? Quantas já foram ofendidas pelas palavras que nossos dedos escreveram? E quantas vezes as usamos para abrir caminhos de perdição para nossos olhos, por meio da pornografia? Para a superstição? Para nossa própria destruição?
                Amados do Senhor, ouçam o que dizem as suas palavras: “Deus ressuscitou este Jesus, e todos nós somos testemunhas disso. Pois Jesus foi levado para sentar-se ao lado direito de Deus, o seu Pai, o qual lhe deu o Espírito Santo, que havia prometido. E Jesus derramou sobre nós este Espírito, conforme vocês estão vendo e ouvindo agora”. At 2.32-33 “Quando olho para o céu, que tu criaste, para a lua e para as estrelas, que puseste nos seus lugares – que é um simples ser humano para que penses nele? Que é um ser mortal para que te preocupes com ele?... Ó Senhor Deus, a tua grandeza é vista no mundo inteiro”.  Sl 8. 3-4; 9
                Nossas mãos e nossos passos, sozinhos, não conduzem a lugar nenhum, mas quando Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo agem em nós, movendo-nos completamente, então damos nossos passos mais importantes, mais importantes até do que aqueles que o homem deu na Lua: ele move-nos em direção à sua cruz e em direção ao nosso próximo. Suas palavras derradeiras entre nós nos ensinam que sim, por meio de nossas mãos, nossos pés, nossas palavras, Ele fará o seu reino crescer: “Deus me deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: Eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos”.
               Crer nestas palavras e viver conforme elas é o passo mais importante de toda a humanidade.

EG

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia do Pastor


Compartilho uma mensagem lida pelo grupo de servas  do colega pastor Marcos Glass, de Nova Santa Rosa - PR. Além de ser um dia onde lembramos nossos guias espirituais, precisamos lembrar da importância do ministério pastoral instituído por Deus para que todos nós recebêssemos consolo, ânimo e para que tivéssemos nossa fé fortalecida pelos mensageiros do Senhor.

 Ser pastor
 
Ser pastor é muito mais que ser um pregador. Está além de ser um administrador de igreja e de ser professor. Ser pastor é algo da alma, não somente do intelectual.
            É chorar pelos que se mantém rebeldes. É pensar no marido desta irmã, no filho daquela outra, na esposa do obreiro, nos vizinhos da igreja, nos garotos da rua.
            É festejar a festa da igreja. É alegrar-se com a alegria daquele que conquista um novo emprego, daquele que se gradua na faculdade, daquele que recebe a escritura da casa própria ou do outro que recebeu alta no hospital. Ser pastor é ter o brilho de alegria ao ver a felicidade de um casal apaixonado, ao ver o sucesso na vida cristã de um jovem consagrado, é festejar a conversão de um familiar de alguém da igreja por quem há tempos se vinha orando. É desejar o bem sem cobiçar, a não ser a felicidade de participar dessa hora feliz.
Mas ser pastor também é chorar com os que choram, unindo-se ao enlutado, é dar o ombro para o entristecido pela perda de um amor, é ser a companhia do solitário, é ouvir a mesma história uma porção de vezes por parte do carente. 
            Ser pastor é ser pai. É disciplinar com carinho e amor, e também com a firmeza da vara, da correção. É obedecer a Bíblia, não aos homens. É seguir a Deus, não ao coração. Ser pastor é ser justo.  É saber dizer não, quando a emoção manda dizer sim.

É se levantar quando todos estão dormindo e dormir quando todos estão acordados, socorrendo ao necessitado. Ser pastor é pacificar pais e filhos, maridos e esposas, sogros e genros, irmãos e irmãs.
É não fazer da esposa um saco de pancadas, descontando sua fragilidade e cansaço. Ser pastor é ser sacerdote, mantendo sigilo no coração, mantendo em segredo o que precisa continuar sendo segredo, e repartindo com as pessoas certas aquilo que é "repartível".  Ser pastor é muitas vezes não ser convidado para uma festa, não ser informado de uma notícia ou ser deixado de fora de um evento, e ainda assim manter a postura, a educação, o polimento e a compaixão. 
Se os pastores fossem super-homens, Deus daria a tarefa pastoral aos anjos, mas preferiu fazer de pecadores convertidos os líderes de rebanho, pois, sendo humanos, poderiam mostrar aos demais que é possível ser uma bênção. 
Ser pastor é crer quando todos descrêem. Saber esperar com confiança, transmitir otimismo e força de vontade. Fazer de seu púlpito um farol, dirigindo o povo para frente e para cima, em direção a Deus.
Ser pastor é saber envelhecer com dignidade, sem perder a jovialidade. É ser amigo dos jovens e companheiro dos adultos. 
Muitas vezes há situações que nos aflige, nos faz sentir medo e até mesmo chorar, mas saiba que a cada momento da vida, cada lágrima caída, cada sorriso dado, está tudo anotado no diário de Deus. Não desista de seus projetos e sonhos porque antes mesmo deles serem projetados por você, já foi projetado e anotado por DEUS!
Não desista nunca, Deus está contigo!
 
FELIZ DIA DO PASTOR!!!
 
Autor: Pr. Wagner Antonio de Araújo
Adaptado por: Gracieli Borofski Dreissig

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sede do Espírito de Deus - Pentecostes




Sl 25. 1-15; Nm 11.24-30; At 2. 1-21; Jo 7. 37-39.

Sede é algo terrível. Sede de água, sede de amor, de companhia. Mas principalmente sede de Deus!
                Certamente não existe pessoa que goste de sentir sede ou continuar sentindo sede tendo a oportunidade de saciá-la. Hoje, infelizmente, relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) informam que mais de 1 bilhão de pessoas - o equivalente a 18% da população mundial - não têm acesso a uma quantidade mínima aceitável de água potável, ou seja, água segura para uso humano. Se nada mudar, dois terços da população do planeta em 2025 - 5,5 bilhões de pessoas - poderão não ter acesso à água limpa. Serão nossos filhos, nossos sobrinhos, nossos irmãos.
                Talvez a porcentagem aumente se perguntarmos quantas pessoas hoje sentem sede de amor, amor sincero, verdadeiro, frutificado pela presença de Deus. Porque está escrito: “ ...o amor se esfriará...” Mt 24.12. E quanto ao pior tipo de sede, a sede do Espírito de Deus? Quantos estão morrendo, definhando lentamente pela falta da presença de Deus em suas vidas? Quantos sofrem com a sede pela falta do verdadeiro Espírito do Santo Deus? Pulando de galho em galho, mudando de igreja como quem muda de roupa, buscando respostas, algo que preencha o vazio que aflige?
                Pessoas desiludidas com a vida; destruídas pelos maus relacionamentos; pessoas dominadas pela violência; entregues aos vícios, ao fumo, à bebida, às drogas, porque desejam encontrar algo que supra a falta daquilo que estão sentindo mas não conseguem explicar? Daquilo que não estão encontrando sozinhas? Cristãos, que estão desanimados com sua igreja, com sua fé, que desejam fazer mais pelo Reino do Senhor, mas tudo o que encontram é solidão, é medo, é sede da vida verdadeira!
                Amados irmãos, esta sede água nenhuma pode saciar, a não ser a água divina que jorra do próprio Espírito do Senhor. Hoje, quando celebramos o pentecostes, lembramos o derramamento desta água sobre os apóstolos do Senhor Jesus. Eles aguardaram conforme o pedido do Senhor antes de subir aos céus, e, quando estavam reunido em Jerusalém, esperando a ordem de prosseguir, o Espírito divino desceu sobre eles, enchendo-os de poder, enchendo-os de palavras divinas, dando sentido ás suas vidas. E cheios do Espírito, proclamaram Jesus como o Filho de Deus, o único que venceu a morte e o pecado, dando a salvação para todos os que crêem nele.
                Quantas pessoas tiveram a sua sede saciada pela presença do Espírito ali? Quantos tiveram seus medos afogados na mensagem de que Deus os amava e os havia escolhido para a vida eterna? A Escritura nos diz que mais de três mil pessoas foram batizadas naquele dia e passaram a viver na presença do Espírito. Para quantos eles levaram a mesma mensagem e saciaram a sede da presença de Deus?
                No texto do antigo testamento, Moisés estava cansado de carregar todo o fardo de um povo que era rebelde, que não era fiel ás promessas de Deus. Por mais que presenciassem o poder do Deus Triúno, eles ainda não estavam prontos para receber o Espírito Santo, para entrar na terra prometida. Deus lhe manda escolher setenta homens, aos quais concedeu uma parte do seu Espírito. Estes homens também testemunharam a presença do Espírito por meio de sinais, para que conduzissem o povo conforme a vontade divina e ninguém mais sofresse. Eles estavam preparados, purificados conforme a lei, e falando como profetas.
                Deus concedeu uma porção do seu Espírito à cada líder do povo para dividir o fardo de guiar o povo. Deus concedeu uma porção do seu Espírito para cada apóstolo para anunciar a sua Palavra. E a todo aquele que é humilde e confia a sua força nas mãos do Senhor, como diz o salmo, Deus afirma: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Rios de água viva vão jorrar do coração de quem crê em mim”. Jo 7. 37-38
                Deus Espírito Santo quer agir em tua vida e fazer com que tua vida passe a jorrar água viva, água pura, para saciar as dores, preencher os buracos vazios no coração, para reunir pessoas, para acalmar irmãos, para enxugar lágrimas, para que o único vício de toda a humanidade seja a Palavra de Deus!
                Quando Deus derrama o seu Espírito, vidas são destruídas, arrasadas, mas destruídas nos seus pecados, arrasadas naquilo que é mau perante os olhos do Senhor.
                E só quando os joelhos estão dobrados, as mãos unidas, o coração em reverência ao Senhor, estamos preparados para sermos fonte de água viva, mensageiros de Deus, prontos para recebermos as bênçãos de nosso Pai celestial.
Se em nós não habitar o Espírito do Vivo Deus, então não teremos nada disso. Mas quando Deus derrama o seu Espírito sobre o seu povo, quando Ele convence os seus filhos sobre a boa nova a respeito de Jesus, vidas inteiras são reconstruídas e tornam-se rios da água mais pura, a que sacia o pior tipo de sede, a sede espiritual.
Amados, será que estamos prontos? Joelhos dobrados? Mãos unidas? Coração reverente e aberto? Que Deus derrame seu Espírito sobre o seu povo, e que se cumpra a sua Palavra: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Rios de água viva vão jorrar do coração de quem crê em mim”. Jo 7. 37-38

                                          EG